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Maringá já tem embrião da telemedicina

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HU de Maringá é um dos núcleos de telemedicina do País (Foto: Lilian Vespa)

Imagine a seguinte situação: uma sala de cirurgia com o paciente sendo operado por uma equipe médica brasileira, auxiliada por um braço mecânico que está sendo manuseado por um médico do outro lado do mundo. Parece coisa de filme de ficção, mas não é e dentro de alguns anos situação semelhante pode ocorrer em Maringá. É o que espera a equipe que integra o recém-implantado Núcleo de Telemedicina e Telessaúde (Nutele), do Hospital Universitário de Maringá (HU).

No Brasil, esse tipo de cirurgia foi realizada pela primeira vez há 13 anos (setembro de 2000, segundo reportagem publicada pela Revista Galileu quatro meses depois) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e o braço mecânico foi acionado diretamente de Baltimore (Estados Unidos). Foi, de acordo com a revista, a segunda cirurgia a distância no mundo – a primeira ocorreu na Áustria, dois anos antes. Em Maringá, o Nutele caminha para o aprimoramento e desenvolvimento da telemedicina. Integrantes do núcleo dizem acreditar que a cidade vai poder, dentro de alguns anos, realizar cirurgias a distância utilizando braços mecânicos.

No Hospital Universitário de Maringá, em breve, será implantada a telessaúde – ou teleconsultoria. A telessaúde possibilita a troca de informações entre os profissionais via internet. A consultoria vai evitar deslocamentos desnecessários de pacientes de um hospital para o outro. Tudo isso só é possível com a implantação do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde.

De acordo com o reumatologista Paulo Roberto Donadio, coordenador do Nutele, “esse

Videoconferência coopera com a medicina na cidade
Além da praticidade, troca de conhecimento, experiência e interligação de serviços, os aparelhos economizam tempo e dinheiro
Nádia Viviane
Aluna de Jornalismo
No dia 15 de março deste ano o Hospital Universitário (HU) de Maringá inaugurou a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), que integra 73 núcleo de hospitais universitários no Brasil.
Esse sistema trouxe facilidade para que o médico não precise sair do próprio local de trabalho se for participar de reuniões. Para o paciente, a principal vantagem é que o médico pode trocar informações com outro especialista da área, esclarecendo dúvidas que eventualmente surjam em relação ao tratamento.
Segundo o coordenador clínico do Nutele do HU, o nefrologista Sergio Yamada, o sistema de telemedicina em Maringá já ultrapassou a fase inicial, porém ainda há um longo caminho pela frente.”A ideia com certeza é ampliar muito mais o programa”, diz.
O técnico responsável pela rede, José Roberto Lima Garcia, 54, diz que a implantação do Nutele custou cerca de R$ 120 mil e são feitas duas conferências por dia. “Os aparelhos economizam tempo e dinheiro.”

Rede Universitária de Telemedicina do HU de Maringá (Foto: Lilian Vespa)

tipo de serviço já existe no Rio Grande do Sul e já há publicação mostrando que com a implantação da telessaúde foi possível reduzir o encaminhamento de 50% dos pacientes”. Para o nefrologista Sérgio Seiji Yamada, 51, coordenador clínico do Nutele, o principal objetivo da telemedicina é atingir a população que não tem fácil acesso aos grandes centros hospitalares.

Com a teleconsultoria será formada a macrorregião noroeste, composta por 115 municípios localizados perto das cinco regionais de saúde: Maringá, Umuarama, Cianorte, Paranavaí e Campo Mourão. Juntas, serão responsáveis por mais de 1 milhão e 700 mil pessoas.

A telessaúde possibilita a troca de informações entre os profissionais via internet

Donadio ressalta que mesmo que a telemedicina consiga abranger diferentes especialidades, como dermatologia, psiquiatria, odontologia, entre outras, a consulta presencial não será extinta. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), os profissionais são proibidos de realizar consultas via internet. “Caso o profissional tenha alguma dificuldade [em fazer o diagnóstico do paciente], ele entra na rede e um especialista o orienta, a distância, o que aquele profissional deve fazer”, diz Donadio.


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